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MINHA TRAJETÓRIA

 

Encontro-me no espaço do entre. Entre a vida e a arte, as extensões do meu ser - minhas obras - flutuam na fronteira entre o real e o fictício e existem no campo do entre-linguagens. Entre dança, performance, videodança, videoarte, fotodança, intervenção, e novas tecnologias. 

 

Tudo começou no meu corpo, ou na ausência dele. Ou ainda, no momento em que não sentia meu corpo enquanto um corpo, quando meu corpo era um vazio.

 

Quando a dança contemporânea entrou em minha vida, eu tinha um único objetivo: criar novos padrões neurais para superar um distúrbio alimentar. Estudos e práticas de abordagens somáticas aplicadas à dança contemporânea, somados a conhecimentos de fisiologia, neurologia e psicologia me ajudaram a criar um novo corpo: meu corpo-obra.

 

Foi assim que comecei na dança: ao contrário. Ao invés de usar meu corpo como meio para criar dança, usei a dança como meio para criar meu corpo. Desta experiência inicial derivaram-se as questões centrais que motivam minha obras:

 

1. onde está a dança?

2. qual a mídia da dança?   

3. de quem é o corpo que dança?

 

Minha arte, desde então, nunca coube no palco e sempre buscou transformação. Não cabendo em si, nem em mim, minha arte precisava de outros corpos para existir e passou a convidar o publico a fazer parte dela. Fui buscar, no encontro com a tecnologia, novas formas de afecção e comunicação com as pessoas, e assim cheguei na arte interativa.

 

Minha arte continua seguindo seu primeiro impulso e propondo no(s) corpo(s), meu e do publico, e no mundo, novos padrões, novos formatos, novas formas de existir. 

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